O jovem Paco Pico Piedra estava vivo.
Ele cuspiu o cigarro de sua boca e posicionou suas mãos próximas à cintura. Seu oponente estava dezessete metros à sua frente. Era meio-dia e uma criança pequena chorava incessantemente em alguma das casas esverdeadas atrás de Paco, talvez devido ao calor, talvez devido à fome.
O suor tomava suas costas e suas mãos, misturando-se a poeira soprada pelo vento quente. Ele podia diferenciar claramente o fedor de suas calças e de sua camisa branca-quadriculada. Isso nunca o incomodara antes e ele não sabia porque o incomodava agora. Seus dedos massageavam o ar calmamente.
Talvez fosse o estalar de um galho-seco, talvez fosse o bater das asas de um abutre contra a força do sol; não se sabe ao certo; mas o fato é que um leve ruído fez Paco sobressaltar-se, disparando seu coração e tornando seu suor frio. Paco levou suas mãos de encontro às pistolas em seu cinto.
Ao sacá-las, rapidamente prostrando seu dedo indicador ao gatilho, Paco sentiu suas pernas tremerem e desequilibrarem-se, até que sua cintura lhe pareceu solta no ar e ele desabou-se, enfim,ao chão.
Pendendo para a esquerda, Paco caiu fortemente com os ombros no chão, sentindo a areia tocar seu rosto e invadir sua boca. Suas pistolas voaram para longe de seus dedos e Paco enfim notou a pequena cachoeira negra de sangue que jorrava insistentemente de seu peito aberto, misturando-se ao fedor de sua camisa branca-quadriculada.
Paco sentiu sono, mas seus olhos estalaram abertos em uníssono e ele sambou junto à fantasmas Vikings na noite da crucificação; ele bebeu o vinho que jorrava das Formações Rochosas ao Sul da França; ele desvirginou dezessete moças mortas em uma estalagem caribenha numa só noite; ele encontrou Deus, pediu-lhe perdão, e acertou-lhe quatro tiros no rosto, roubando sua coroa divina e trocando-a por comida em um bar próximo.
O jovem Paco Pico Piedra estava morto.
Ele cuspiu o cigarro de sua boca e posicionou suas mãos próximas à cintura. Seu oponente estava dezessete metros à sua frente. Era meio-dia e uma criança pequena chorava incessantemente em alguma das casas esverdeadas atrás de Paco, talvez devido ao calor, talvez devido à fome.
O suor tomava suas costas e suas mãos, misturando-se a poeira soprada pelo vento quente. Ele podia diferenciar claramente o fedor de suas calças e de sua camisa branca-quadriculada. Isso nunca o incomodara antes e ele não sabia porque o incomodava agora. Seus dedos massageavam o ar calmamente.
Talvez fosse o estalar de um galho-seco, talvez fosse o bater das asas de um abutre contra a força do sol; não se sabe ao certo; mas o fato é que um leve ruído fez Paco sobressaltar-se, disparando seu coração e tornando seu suor frio. Paco levou suas mãos de encontro às pistolas em seu cinto.
Ao sacá-las, rapidamente prostrando seu dedo indicador ao gatilho, Paco sentiu suas pernas tremerem e desequilibrarem-se, até que sua cintura lhe pareceu solta no ar e ele desabou-se, enfim,ao chão.
Pendendo para a esquerda, Paco caiu fortemente com os ombros no chão, sentindo a areia tocar seu rosto e invadir sua boca. Suas pistolas voaram para longe de seus dedos e Paco enfim notou a pequena cachoeira negra de sangue que jorrava insistentemente de seu peito aberto, misturando-se ao fedor de sua camisa branca-quadriculada.
Paco sentiu sono, mas seus olhos estalaram abertos em uníssono e ele sambou junto à fantasmas Vikings na noite da crucificação; ele bebeu o vinho que jorrava das Formações Rochosas ao Sul da França; ele desvirginou dezessete moças mortas em uma estalagem caribenha numa só noite; ele encontrou Deus, pediu-lhe perdão, e acertou-lhe quatro tiros no rosto, roubando sua coroa divina e trocando-a por comida em um bar próximo.
O jovem Paco Pico Piedra estava morto.
ah mais que Paco esse Pico Piedra. MOrto? Hunf!
ResponderExcluirtestando!
ResponderExcluirOi Raoni,
ResponderExcluirDesculpe a demora em responder. É que estamos fechando a revista O PAVIO e passei esses últimos dias envolvido com isso. Parabéns pelo blog. Assim que a coisa acalmar, vou ler com calma.
Gian Danton
Raoni,
ResponderExcluirO seu western é semi-perfeito, como eu já expliquei era necessário aqueles minutos de tensão e silencio em que o ar fica estático e tudo mais...tirando isso ficou perfeito, como todo western é um eterno ciclo de vigança, o filho de PACO PICO PIEDRA pode voltar e se vingar pela morte do pai!!